domingo, 19 de julho de 2015

O gato






— pupilas de ladrão —
imprime no escuro
pegadas de algodão
tangenciando casas
dopadas de sonhar
os bigodes do gato
espetam o luar

o felino
procura mais
do que sardinhas
nas rondas animais:
talvez
respirar os segredos
que a noite oculta
atrás de seus dedos
talvez
o sentido da vida
que move seus gestos
à dúctil saída
 
o gato
e seus rastros
espera amanhecer
para conter os astros

  Claudio Feldman

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